Rojões da Bairrada com Grelos e Batata à Racha
Rojões da Bairrada com Grelos e Batata à Racha
Os conhecimentos tradicionais na confeção dos rojões da Bairrada com grelos e batata à racha confirmam que nem só de leitão (à Bairrada, em feijoada ou em cabidela), de chanfana e de vitela à Vouga, se alimenta uma região.
Este prato tem origem nos costumes domésticos e no trabalho do campo, responsáveis pela diversidade e riqueza da culinária tradicional.
Com a matança do porco segundo o seu método tradicional, recolhe-se o sangue e as tripas para o fabrico dos enchidos, separam-se as peças de carne, cortam-se as destinadas ao fumeiro e à salgadeira, e as partes com courato, com que se fazem os rojões.
Por regra, a carne dos rojões provém de um animal com mais de um ano de criação, alimentado sobretudo de beterrabas e de abóbora.
Os rojões são preparados em tacho de cobre e cozinhados em fogo de lenha.
São temperados apenas com sal e confitados na própria gordura.
O tempo de cozedura em lume brando, que ascende a cerca de três horas, é determinante no resultado pretendido.
Quando a carne estiver “entalada” (ou seja, no ponto de se mexer sem se desmanchar), utiliza-se a colher de pau para a virar.
Para ler: Vinhos da Bairrada | Vinhos de Portugal
Para a preparação da receita são necessários grelos frescos, hortaliças amplamente cultivadas e consumidas nas zonas rurais, provenientes da inflorescência das couves, e a batata, servida cozida com pele, inteira, mas com uma incisão (donde deriva a denominação “batata à racha”).
A adição do topónimo “Bairrada” ao nome da receita atesta a intenção de ligar o prato a um território em particular. 1
Oliveira do Bairro
Entre o mar e a serra, no coração da Bairrada, encontra-se Oliveira do Bairro, localizada no Centro de Portugal, entre, Aveiro, Porto e Coimbra.
O concelho de Oliveira do Bairro é um território que se afirma pela sua localização privilegiada, na região bairradina.
É também terra de cultura, de música e de arte, de história e de modernidade, de património e natureza.
Desde o Quartel das Artes, um dos melhores equipamentos culturais da região centro, a Radiolândia – Museu do Rádio, com um espólio museológico de qualidade e dimensão internacional, e o Museu de Etnomúsica da Bairrada, que alberga importantes coleções ligadas à música bairradina, à arte sacra das igrejas do Concelho, passando pela beleza natural dos parques à beira rio e das marinhas de arroz.
Esperamos por si em Oliveira do Bairro. No Coração da Bairrada! 2
Fontes: 1 “Saber ser – saber fazer – O património cultural imaterial da região centro” | 2