Fernando Lopes-Graça | Pessoas
Fernando Lopes-Graça
Um dos mais notáveis compositor e musicólogo contemporâneos. Nasceu em Tomar, a 17 de Dezembro de 1906, e faleceu em Parede, Cascais, a 27 de Novembro de 1994.
Formado no Conservatório Nacional de Lisboa, estreou-se com “Variações sobre Um Tema Popular Português”, 1929, para piano.
Presencista desde a primeira hora colabora na revista até que em 1936 parte para Paris, onde, de 1937 a 1939, estudou Musicologia na Sorbonne.
Regressado a Portugal, em 1939, inicia um trabalho musical assente sobre elementos harmónicos, melódicos e rítmicos do folclore português. Desde então desenvolveu intensa actividade como pianista, compositor, crítico, organizador e regente de coros populares.
A sua intensa actividade na esfera da música não se circunscreve à composição. Fernando Lopes Graça notabiliza-se como conferencista, publicista, divulgador e opositor ao regime fascista. Recebe, em 1940, o 1º Concerto para Piano e Orquestra, prémio que volta a conquistar em 1942, 1944 e 1952.
Em 1942 fundou uma organização de concertos de música moderna e em 1951 lançou a revista “Gazeta Musical”. Compôs música dramática, orquestral, concertante, de câmara, para piano, canções e coros, tendo obtido o Prémio de Composição do Círculo de Cultura Musical em 1940, 1942, 1944 e 1952.
Obras inspiradas no folclore
Inspirou-se largamente na música folclórica portuguesa. A linha folclorista reafirma-se e aprofunda-se em obras como a
– “Suite Rústica” (para orquestra, sobre melodias tradicionais portuguesas),
– “Os cinco Velhos Romances Portugueses“,
– as “Nove Canções Populares Portuguesas” (para voz e orquestra), os “Natais Portugueses” e “Melodias Rústicas Portuguesas” (para piano), além de numerosos ciclos de harmonizações de canções populares, para voz e piano, e para coro a capella.
A sua obra de maior envergadura é o “Requiem” (para cinco solistas vocais, coro misto e grande orquestra), concluído em 1979 e estreado em Lisboa no ano de 1981. Crítico e publicista, publicou diversas obras, entre as quais “Introdução à Música Moderna”, 1942, “Bases Teóricas da Música”, 1944, “Viana da Mota”, 1949, e “A Canção Popular Portuguesa”, 1953.
Fonte: Enciclopédia Universal Multimédia da Texto Editora, texto adaptado e ampliado com outras fontes diversas