Dignificar o Folclore – obra de Manuel Farias
“Dignificar o Folclore”
Na obra “Dignificar o Folclore”, da autoria de Manuel Farias, e editado por Edições Cosmos, “Dez temas dissecam conceitos, observam práticas, sugerem mudanças e identificam outros actos que podem ser tomados como contributo para a dignificação do Folclore, para que este evolua dentro da sociedade portuguesa; ademais, sabendo que esta apenas aceitará a dignidade do Folclore quando este se apresentar merecedor.
Com prefácio de Ludgero Mendes, epílogo de Carla Raposeira e ilustrações de Marlene Antunes e Rute Pinheiro, são desenvolvidas dez áreas temáticas:
– Conceitos e princípios
– Estratégia individual e colectiva
– A matéria patrimonial
– Atitude e comportamento
– A idoneidade social do Folclore
– Vestir e enfeitar
– Solidó
– Detalhes da identidade
– Artes do espectáculo
– Economia associativa”
O autor (CV em 2011)
Manuel Augusto de Almeida Farias
nasceu em Belazaima do Chão, a 1 de Outubro de 1955.
Engenheiro Electrotécnico, com especialização em Engenharia da Qualidade é Director Executivo do LIQ – Laboratório Industrial da Qualidade (associação técnico-científica), Consultor, Formador e Auditor de Sistemas de Gestão da Qualidade e de Gestão Estratégica.
Foi o fundador e primeiro Presidente da Direcção-Geral da AEISEC – Associação de Estudantes do Instituto Superior de Engenharia de Coimbra (1980).
Foi Presidente da Assembleia de Freguesia de Belazaima do Chão (1993-1997) e Presidente da Junta de Freguesia de Águeda (1998-2001).
É Membro da Assembleia Municipal de Águeda (2009-2013) e membro da Assembleia Intermunicipal da Região de Aveiro (2009-2013).
Em 1994 fundou a Associação Etnográfica “Os Serranos” da qual é Presidente da Direcção.
É Director da companhia EIRANÇAS – Folclore Regional das Beiras, da qual foi fundador em 2003.
De 2008 a 2010 foi membro da Direcção da Federação do Folclore Português e do Conselho Técnico Nacional.
Extrato do Prefácio
“Sim, é preciso dignificar o Folclore! Melhor, é urgente dignificar o Folclore! Sob pena de, quando despertarmos a sério para esta questão, já não irmos a tempo de fazer nada em sua ajuda.
A dignificação do folclore é o tema sobre o qual se propôs reflectir o Eng. Manuel Farias num conjunto de artigos publicados durante cerca de quatro anos no Jornal Folclore, correspondendo ao estimulante desafio lançado pelo seu director.
O Autor aceitou o repto, definiu os pressupostos da sua colaboração e foi desenvolvendo os temas, de acordo com a pertinência do momento, fiel a um princípio de coerência que norteou todas as suas intervenções.
Por isso este livro, mau grado tratar-se de uma compilação de artigos avulsos, não perde a coerência temática, como se inicialmente houvesse o plano de escrever esta obra… previamente divulgada nos “fascículos” mensais do Jornal. (…)” (texto editado)
Ludgero Mendes
Extrato da Introdução Primeira
“O engenheiro Manuel Farias tem um percurso empenhado na dignificação do Folclore, com maior visibilidade no exemplar projecto de retratação etnográfica e folclórica da Associação Etnográfica Os Serranos, da sua terra-natal, Belazaima do Chão.
Depois a parceria oferecida noutro dignificante e empenhado trabalho, igualmente assente noutras formas de mostrar o folclore a companhia EIRANÇAS – Folclore das Beiras.
Na comunicação social escrita, o etnógrafo e folclorista não oculta a sua frontalidade, aprumo e verticalidade, caprichando pela justeza das suas opiniões sobre a temática. (…)” (texto editado)
Manuel João Barbosa
director do Jornal Folclore
Extrato da Introdução Segunda
“Quando há cerca de quatro anos respondi ao convite de Manuel João Barbosa, director do Jornal FOLCLORE, para colaborar regularmente nas suas edições mensais através de uma rubrica permanente de opinião, convoquei a minha habitual disponibilidade para as causas, juntando uma pitada de ousadia para abafar os medos.
As condições mutuamente colocadas foram simples ou mesmo elementares: o Manuel João fixou o número de caracteres que o texto poderia ter de dimensão e enfatizou a necessidade de entregar os textos até ao final da segunda semana de cada mês. Pelo meu lado, defendi que a referida rubrica deveria ter um título genérico que fosse fio-condutor para a minha perspectiva intervencionista.
Nessa época, estava fortemente envolvido no projecto ElRANÇAS – Folclore Regional das Beiras, não apenas na aplicação de novos conceitos à apresentação de espectáculos etnográficos, recorrendo a abordagens de concepção e de produção profissionais, mas sobretudo com a dinamização de um projecto formativo denominado “Artes do Espectáculo Para Ensaiadores de Folclore”, de que vieram a ser realizadas três edições.
Este projecto, fortemente experimentalista, constituiu uma escola de reflexão e de aprofundamento dos conceitos que já vinham a ser trabalhados na Associação Etnográfica Os Serranos, desde a fundação desta colectividade, em 1994.(…)” (texto editado)
Manuel Farias
Extrato do Epílogo
“A obra Dignificar o Folclore, poderá ser um marco na clarificação de um conceito, por forma a facilitar a caminhada dos agentes culturais que de Norte a Sul do País têm efectuado trabalho ao nível da cultura popular, pelo que poderá vir a ser uma importante fonte de consulta para um conhecimento mais imediato e directo das práticas populares e do património imaterial do povo português.
Mas pode também ser um ponto de união entre os que estudam o Folclore e os que os que o dão a conhecer nos seus Trajes, nas suas Danças, nas suas Modas, no Saber Fazer.
Ao autor, Engº. Manuel Farias, uma palavra de apreço pela sua amizade e generosidade na partilha de algo que é de todos e também pela sua irreverência fundamentada e fulcral na quebra de paradigmas que não deixaram avançar ao longo de demasiado tempo o estudo rigoroso, claro e científico sobre o Folclore. (…) “ (texto editado)
Carla Raposeira