Tesoura de hóstias | Como era antigamente
Tesoura de hóstias
A palavra hóstia designa o pão consagrado pelo sacerdote e distribuído aos fiéis no momento próprio da Missa.
Ter hóstias em quantidade suficiente para as necessidades do culto religioso – pão cozido sem fermento nem sal – era, habitualmente, obrigação dos párocos que, por processos artesanais promoviam a confeção de finas folhas de pão ázimo para depois cortarem em pequenas hóstias de cerca de 3 centímetros de diâmetro.
A dificuldade deste fabrico e a necessidade de quantidades significativas levou a que mosteiros e outras instituições religiosas se dedicassem à sua produção, especializando-se neste trabalho, o que veio a facilitar a vida aos párocos que dispunham, assim, com facilidade, das hóstias não consagradas em quantidade suficiente.
Para facilitar o corte da folha de hóstia nas pequenas hóstias, criou-se uma tesoura especial, capaz de cortar uma peça de cada vez, uniformizando-as e garantindo rapidez na produção.
Certamente que hoje esta produção se faz com a ajuda de tecnologias dos nossos dias, mas, em tempos recuados, esta tesoura significou um progresso significativo.
Guardamo-la com o carinho que dedicamos a tudo quanto constitui o acervo do nosso museu e, particularmente, pela sua ligação à religiosidade do povo português.
Fonte: A “Peça do Mês” do Museu de Silgueiros – Centro de Documentação Etnográfica
As indicações do Vaticano sobre como fazer hóstias
“O Vaticano enviou uma circular aos bispos de todo o mundo com indicações precisas sobre o pão e o vinho usados nas missas. O pão não pode ser 100% sem glúten, mas pode ter transgénicos.
As hóstias usadas nas missas católicas podem ser fabricadas com ingredientes transgénicos e podem ter baixo teor de glúten para não afetar os fiéis celíacos (embora não possam ser totalmente desprovidas desta substância).
Estas indicações constam de uma circular enviada aos bispos do mundo inteiro pela Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, organismo do Vaticano responsável pelas normas a ser seguidas nos ritos da Igreja. (…)
A primeira indicação é relativamente ao pão, que “deve ser ázimo, unicamente feito de trigo, confecionado recentemente, para que não haja nenhum perigo de que se estrague por ultrapassar o prazo de validade”.
O documento sublinha ainda que “é um abuso grave introduzir, na fabricação do pão para a Eucaristia, outras substâncias como frutas, açúcar ou mel”.
Relativamente a casos excecionais, a carta enviada aos bispos destaca que “as hóstias completamente sem glúten são matéria inválida para a Eucaristia”.
No entanto, “são matéria válida as hóstias parcialmente desprovidas de glúten, de modo que nelas esteja presente uma quantidade de glúten suficiente para obter a panificação” — quantidades que em situações normais não afetam negativamente as pessoas que são intolerantes ao glúten.” Fonte (texto editado)