Festas e RomariasUsos, costumes e tradições

Festa do Bodo de Pombal – último domingo de julho

Festa do Bodo de Pombal

São festividades centenárias, as mais importantes do concelho.

Na atualidade, decorrem ao longo de cinco dias, sempre em torno do último domingo de julho, com uma variedade de atividades religiosas e profanas, que incluem

– missas e pregações na igreja do Cardal,

– procissão de velas,

– concerto da Filarmónica Artística Pombalense,

– prova de atletismo do Bodo,

– Corrida das Farturas

– e Caminhada do Bodo.

No domingo, realiza-se a missa solene em honra de Nossa Senhora do Cardal, seguida de procissão pelas ruas da cidade, exibindo as insígnias de todas as capelas da paróquia.

Lenda que dá origem às Festas do Bodo

A origem das Festas do Bodo é contada pelos locais através de uma lenda.

Tendo sido a região atacada por uma praga de gafanhotos, acorreram os pombalenses à igreja São Pedro, então igreja matriz da vila.

De lá, partiu uma procissão de preces até a capela de Nossa Senhora de Jerusalém.

Na missa cantada, prometeu-se uma festa, caso a comunidade fosse salva da calamidade, o que acabou por acontecer.

Na manhã seguinte, realizou-se nova missa solene pela graça alcançada, decidindo-se que as festas fossem retomadas no ano seguinte.

 

Para ler: LENDAS – coisas que devem ser lidas!

 

A lenda conta, ainda, que uma senhora muito devota, de nome Maria Fogaça, tomou por sua conta as despesas com a festa religiosa, ocasião em que dois grandes bolos foram oferecidos ao pároco da vila.

Durante a cozedura, um criado da casa viu-se na necessidade de entrar no forno para ajeitar um que estava mal colocado, invocando o nome da Senhora de Jerusalém.

Segundo a narrativa popular, o homem saiu ileso, o que foi considerado um novo milagre.

Estes bolos ganharam o nome de “fogaças”, permanecendo por largo tempo como um elemento importante destas festas em Pombal.

Eram cozidos em forno construído para o efeito no Largo do Cardal, prática entretanto abandonada. 1

Festa do Bodo de Pombal - último domingo de julho
Andor de Nossa Senhora de Jerusalém

1 “Saber ser – saber fazer – O património cultural imaterial da região centro”