Provérbios populares e adágios sobre a família
A família
“Se existe algo ou alguém em que podemos depositar toda nossa confiança, é na nossa família.
Ela nos mostra o que é certo, indica os melhores caminhos, e nos proporciona um amor verdadeiro e incondicional. Uma família em harmonia, que se ama mutuamente, permanece unida por uma vida toda. E é também fonte de exemplo para todas as gerações, inspirando a formação de novas famílias.
É também no ambiente familiar que conhecemos nossos primeiros valores e recebemos as primeiras regras sociais. Aprendemos a perceber o mundo, damos início a nossa identidade e somos introduzidos no processo de socialização.
Por isso, é tão comum que nos comportemos como quem nos criou, como nossos pais e avós, trazendo traços da personalidade e atitudes muito semelhantes.” Fonte
Provérbios populares e adágios sobre a família
E sobre a família, aqui apresentamos alguns provérbios ou ditados populares, recolhidos em Trás-os-Montes e Alto Douro:
» Bom pai: estimá-lo; ruim pai: respeitá-lo.
» O pai impertinente faz o filho desobediente.
» Vale mais ruim pai do que bom padrasto.
» Pai rico: filho nobre e neto pobre.
» Pai aforrador: filho gastador.
» Tal pai, tal filho.
» Pai avaro: filho pródigo.
» Filho és, pais serás; conforme fizeres, assim acharás.
» Quem faz filhos em mulher alheia perde-lhes o feitio.
» Pai tiveste, mãe não conheceste: diabo te fizeste.
» A quem não quer boa mãe dá-se-lhe ruim madrasta.
» Madrasta: o nome lhe basta.
» Filha casada: mãe desafogada.
» Filha casada: filha apartada.
» Quem casa filha depenado fica.
» Fica casada ao pé da porta é como cabra ao pé da porta.
Os filhos e não só…
» Filhos casados: cuidados dobrados.
» O filho e amigo: pão e castigo.
» Antes filho de pobre do que escravo de rico.
» O bom filho à boa casa torna.
» Quem tem filhos tem cadilhos. Quem os não tem, tem cadilhos também.
» Nunca o filho esteve tão bem como no ventre de sua mãe.
» Quem não tem marido não tem amigo.
» Vale mais marido diabo do que filho santo.
» Entre marido e mulher, não metas a colher.
» Entre irmãos, não metas as mãos.
» Quem dá é tio.
» A casa das tias não vás todos os dias.
» Cunhadas são cunhas.
» Cunhadas são unhadas.
» De cunhado, nunca bom recado.
» Sogras são sogas.
» Quem dos seus foge, dos alheios é escornado.
» Viverá sempre com espinhos quem vive com maus parentes ou maus vizinhos.
Fonte: Literatura Popular de Trás-os-Montes e Alto Douro – Joaquim Alves Ferreira, IV Volume, 1999 | Imagem: “Trabalhando em família” fazendo palitos de Lorvão («Ilustração Portugueza». nº364 – 10 de Fevereiro de 1913