Adágios e provérbios sobre a pesca e o pescador
Adágios e provérbios sobre a pesca
“Desde que há memória que a pesca sempre fez parte das culturas humanas, não só como fonte de alimento, mas também como modo de vida, fornecendo identidade a inúmeras comunidades, e como objeto artístico.
A Bíblia tem várias referências à pesca e o peixe tornou-se um símbolo dos cristãos desde os primeiros tempos.” Fonte
Sobre esta atividade humana, aqui deixamos um conjunto diversificado de adágios:
» No arrumar da barca se vê o pescador.
» Quem quer pescar há-de-se molhar.
» Quem quer peixe molha o rabo
» Não se pescam trutas a bragas enxutas.
» Não basta ir ao rio com vontade de pescar, é preciso levar rede.
» De rio pequeno não esperes grande peixe.
» Nem tudo o que vem à rede é peixe.
» De grande rio, grande peixe.
» Em rio sem peixe não deites a rede.
» Com vento suão não pesques peixe nem caces com cão.
» Não deixes escapar o camarão pela rede.
» A mulher e o peixe no mar são difíceis de agarrar.
» No grande mar se cria o grande peixe.
» A isca é que engana e não o pescador com a cana.
» Nem de cada malha peixe, nem de cada mata feixe.
» A cabeça de besugo come-a o sisudo, e a de boga dá-a à tua sogra.
» São os peixes que não veem a água.
» Boa é a truta, bom é o sável, bom é o salmão quando é sazão.
E ainda mais provérbios…
» Na noite envolto, pesca o pescador.
» Ou magro ou gordo aí deixo o peixe todo.
» Fome de rio, sede de mato.
» Peixe caído, peixe vendido.
» Peixe velho é entendedor de anzóis.
» Peixeiro que não mente na bolsa o sente.
» A água é para os peixes e o minar para as toupeiras.
» Os peixes são para nadar e as toupeiras para minar.
» Estar sempre com a caninha na água.
» O peixe deve nadar três vezes: em água, em molho e em vinho.
» Pescador apressado perde o peixe.
» Quão grande é o peixe, tão grande é o sabor.
» Peixe de Maio, a quem vo-lo pedir, dai-o.
» Pescador de cana mais como que ganha, mas, quando a dita corre, mais ganha que come.
» Isco de cana mais come que ganha, mas, quando a dita corre, mais ganha que come.
» A Deus e à ventura, botou a nadar.
» Filho de peixe sabe nadar.
» Ser como o robalo, por causa da boca perdeu o rabo.
» Pescar em águas turvas.
Fonte: Paulo Caratão Soromenho in “ETNOGRAFIA PORTUGUESA” – Livro III – José Leite de Vasconcelos