Gastronomia

Barquilhos de laranja é doce característico de Setúbal

Barquilhos de laranja

Apresentado em pequenos barcos de hóstia, trata-se do doce característico de Setúbal, provavelmente uma reminiscência dos tempos em que os laranjais ocupavam uma parte importante da Península.

Note-se que a produção de citrinos já foi ali tão importante que ainda hoje as laranjas sem caroço são designadas «da baía» … da baía de Setúbal, obviamente.

Embora já há várias décadas a produção destes frutos tenham migrado para o Algarve, muitas das tradições do laranjal da península de Setúbal mantiveram-se.

Tire a casca a um quilo de laranjas, corte em talhadas, elimine os caroços e coloque num alguidar com água.

Passadas umas horas, escorrem-se e colocam-se num tacho grande, cobram-se com água e levam-se a cozer.

Depois de cozidas escorrem-se novamente e deixam-se em água fria, onde permanecem nove dias mudando-se a água todos os dias.

Ao décimo dia escorrem-se e pesam-se.

Com o mesmo peso de açúcar pilé e a metade do peso de água prepara-se uma calda que vai ao lume até ferver.

Deitam-se, então, os pedaços de laranja e mexe-se até se obter o ponto de pasta, caso se pretenda guardar, ou de espadana, no caso de se pretender consumir imediatamente.

Se não quiser dar-se ao trabalho de confeccionar as formas de hóstia, pode adquiri-las já feitas.

Ou usar o doce para barrar o pão.

In Guia Expresso O Melhor de Portugal, nº6

Se quiser conhecer melhor a península de Setúbal:

Península de Setúbal: o tesouro perdido

Entre a margem esquerda do rio Tejo e o estuário do rio Sado situa-se uma extensa península que é vulgarmente designada por Península de Setúbal.

De acordo com os vestígios paleontológicos e evidências geológicas, há alguns milhões de anos, as águas do rio Tejo atravessavam aqueles campos para irem desaguar provavelmente na Lagoa de Albufeira, até formarem posteriormente um delta e, por efeito das deslocações das placas tectónicas, vir a formar-se a foz no sítio onde actualmente a encontramos. Ler+

Rota de Vinhos da Península de Setúbal 

Serra e mar. Cidade e campo. Modernidade e tradição.

É nesta sucessão de opostos que se desenvolve a Península de Setúbal / Costa Azul.

Conhecida pela tradição secular de região vinhateira, tem para oferecer uma paleta diversificada de vinhos, que aliam qualidade ao património cultural de que são testemunho.

Com o objectivo de promover o enoturismo e valorizar os vinhos da região, surge a Rota de Vinhos da Península de Setúbal / Costa Azul. Ler+

Vinhos de Setúbal e Palmela

Em 1185, quando Palmela recebeu o seu primeiro foral atribuído a D. Afonso Henriques, primeiro rei de Portugal, neste se falava da vinha e do vinho na região, o que confirma a sua tradição vitivinícola.

Os Fenícios e os Gregos trouxeram do Próximo-Oriente algumas castas de uvas, por considerarem o clima ameno e as terras das encostas da Arrábida propícias para o cultivo da vinha. Ler+

Sabia que Bocage, provavelmente, o maior representante do arcadismo lusitano, nasceu em Setúbal?