Ribatejo – antiga província de Portugal
Ribatejo
Criada como província em 1936, mas extinta como tal na Nova Constituição de 1976, a região do Ribatejo situa-se no Centro do território de Portugal continental, ficando em contacto com a Estremadura, a oeste e a sul, a Beira Litoral, a norte, a Beira Baixa a nordeste, e o Alentejo, a leste e sul.
Ficam aqui as cidades de Santarém, Tomar, Abrantes, Ourém, Fátima, Torres Novas, Entroncamento, Vila Franca de Xira, Alverca do Ribatejo, Póvoa de Santa Iria, Cartaxo, Rio Maior e Almeirim.
O Ribatejo compreende a maior parte do distrito de Santarém e dois concelhos do distrito de Lisboa (Azambuja e Vila Franca de Xira).
Por todo o Ribatejo pratica-se uma grande variedade de culturas agrícolas que se mostram extraordinariamente produtivas. É o caso do milho, da vinha, do arroz, do trigo, do tomate, da beterraba açucareira, do melão e da oliveira.
O Ribatejo oferece, na sua gastronomia, pratos típicos como a sopa de pedra e a caldeirada; o cabrito assado ou frito, as favas com chouriço e os ovos de tomatada; as tigeladas e os doces de feijão e de ovos.
Nas campinas, que constituem admiráveis paisagens, pratica-se a criação de gado, em especial o touro bravio, destinado às corridas de toiros. É também aqui criado um dos mais belos cavalos do mundo, o cavalo lusitano.
Zona rica em tradições, ainda hoje o Ribatejo preserva a figura do campino, com o seu colete encarnado e o barrete verde, e o respectivo bailado típico, o fandango.
Ribatejo. In Diciopédia X [DVD-ROM]. Porto : Porto Editora, 2006. ISBN: 978-972-0-65262-1
Mais informações sobre o Ribatejo…
“Região que tem o Baixo Tejo como elemento estruturante, apresenta, do ponte de vista paisagístico, uma clara dissimetria.
A margem direita do rio possui uma morfologia complexa de planaltos e costeiras talhados em terrenos areno-argilosos. É a área dos «bairros».
De aptidão agrícola variável, neles se encontram olivais associados a culturas cerealíferas de sequeiro (trigo), vinha e culturas de regadio (milho). O povoamento rural é misto, coexistindo cidades e vilas com os «casais».
A margem esquerda do Tejo, de morfologia monótona, é constituída pelos terraços do rio e por planícies e planaltos em formações arenosas.
Os solos pobres sustentam a «charneca», constituída por árvores (sobreiro, pinheiro e eucalipto) e matos.
Nas áreas mais favoráveis encontram-se também os cereais e a vinha. No que diz respeito à paisagem, a «charneca» liga imperceptívelmente o Ribatejo ao Alentejo, nela se encontrando povoamento mais concentrado em aldeias e vilas.
Entre os «bairros» e a «charneca», nos terrenos marginais ao Tejo, encontra-se a «lezíria».
É nela que se localizam os solos mais férteis do país, que permitem uma grande variedade de culturas (arroz, milho, trigo, vinha, etc.), bem como excelentes pastagens, onde se criam cavalos e gado bovino. O campino é a figura típica.
O rio Tejo está ladeado de várias povoações, correspondentes a antigos portos fluviais, que sustentaram importante comércio fluvial.
Possui ainda várias áreas industriais, de que se destaca: o eixo Lisboa-Vila Franca e o triângulo industrial Torres Novas-Tomar-Abrantes, constituído por industrias têxteis, químicas, alimentares, metalúrgicas, celulósicas e de material de transporte.” (Dicionário Ilustrado do Conhecimento Essencial)