Os principais tipos de dança – Tomás Ribas
Os principais tipos de dança
«Porque o Homem, desde o seu estado primitivo até hoje, sempre praticou a Dança, concluir-se-á que as danças atuais – quer as das atuais sociedades primitivas, quer as das sociedades evoluídas – tendo a sua origem nas danças primitivas delas ainda guardam alguns aspetos.
Assim – e exemplificando o problema que, na verdade e em si, é de uma complexidade que transcende as características de iniciação e divulgação destes cadernos (*) – poderemos apontar os vários tipos de danças que a Humanidade, ao longo dos séculos, tem praticado e ainda hoje pratica:
a) Danças Ritualistas
– danças de ritos de passagem
– danças fúnebres
– danças guerreiras
– danças agrárias
– danças de trabalho
– danças astrais
– danças mágicas
b) Danças Religiosas – as que se integram no ritual religioso.
c) Danças Cerimoniais – as que se integram em cerimónias cívicas ou cerimónias sociais.
d) Danças de Sedução – de carácter erótico para seduzir o sexo oposto.
e) Danças Gímnicas ou Olímpicas – de mero adestramento físico.
f) Danças de Diversão – que podem ser palacianas (de salão) ou folclóricas.
Quanto ao seu esquema coreográfica as danças dividem-se em:
a) Danças em fila ou processionais
b) Danças em fila aos pares
c) Danças de roda
d) Dança de roda aos pares
e) Danças de frente – uma fila de homens em frente de uma fila de mulheres ou duas filas alternadas de homens e mulheres de forma a que em frente de cada homem se coloque uma mulher.
f) Danças de cruz
g) Danças de solo – para uma só pessoa.
h) Danças de um só par – de frente a frente ou com o par abraçado.
i) Danças de enleio ou de serpentina
j) Danças de saltos – em que os executantes saltam uns sobre os outros como no jogo do eixo.
k) Danças de espadas – danças guerreiras executadas com espadas ou paus.
Encontramos, ao longo da História, todos estes esquemas coreográficos quer entre as sociedades primitivas de outrora e atuais quer entre as sociedades evoluídas;
e entre estas, tais esquemas coreográficos estão presentes tanto nas danças palacianas, como nas danças folclóricas, quer na Idade Média e na Renascença como nos séculos XVII e XVIII, quer na Época Romântica (século XIX) como nos dias de hoje.»
In “A dança e o ballet” (I) – (*) Cadernos FAOJ – Série A, Tomás Ribas