Festas em honra de S. Sebastião – 20 de Janeiro
Festas em honra de São Sebastião no concelho de Boticas
Em diversas localidades do concelho de Boticas, celebra-se, no dia 20 de Janeiro de cada ano, uma festa em honra de São Sebastião, venerado desde o século VII como santo protetor contra a peste.
Dadas as origens e particularidades destas festas, aqui deixamos as informações mais importantes:
Alturas do Barroso
Em Alturas do Barroso realiza-se anualmente, no dia 20 de Janeiro, a festa em honra de São Sebastião.
Reza a lenda que esta festa se começou a fazer por causa de uma peste que há muitos anos atrás matou muito gado. Prometeram então, os habitantes da aldeia, festejar anualmente o S. Sebastião, advogado contra a fome e a peste. Esta festa é organizada por mordomos (4 ou 5 vizinhos) num sistema de rotatividade pelas casas da aldeia.
Antigamente, era hábito darem pão e vinho para as pessoas comerem. Há cerca de duas décadas, começaram também a oferecer feijoada ao final da tarde e desde então para cá a sua dimensão e a sua fama tem vindo a crescer. Ler+
Cerdedo
A festa em honra de S. Sebastião, a 20 de Janeiro, em Cerdedo, é muito antiga, como o certifica o Abade em 1758, e caracteriza-se pela sua dimensão intimista.
Mantém as características genuínas de uma manifestação religiosa comunitária onde praticamente só os moradores da freguesia e alguns dos seus “filhos” emigrados que por essa altura vêm à terra venerar o Santo e cumprir com os seus votos, se juntam pelas oito da manhã na igreja em torno do pároco para celebrar a missa da festa.
Após esta, parte em cortejo processional em direcção à casa do Juiz. Este, com o Santo no regaço, segue atrás da cruz, acompanhado por todos. Ler+
Vila Grande (Dornelas)
Todos os anos, no dia 20 de Janeiro, realiza-se aquela que é umas das mais importantes festas de cariz comunitário: a Mezinha de S. Sebastião ou a Festa das Papas, como era inicialmente conhecida.
As origens desta festa perdem-se nos tempos. Diz a memória popular que aquando das invasões francesas, o povo de Vila Grande avistou os soldados a passar numa estrada, a estrada velha, perto das aldeias do Couto de Dornelas e sabendo que por onde passavam, saqueavam tudo, imploraram a protecção divina.
Pegaram na imagem de S. Sebastião, saíram com ele à rua, levaram-no até à torre da igreja e prometeram ao Santo que todos os anos realizariam uma festa em sua honra se as tropas não descessem até às aldeias. Eis que o milagre se deu, as tropas seguiram e o povo, agradecido, cumpriu a promessa. Ler+
Viveiro (S. Salvador de Viveiro)
A celebração ao São Sebastião em Viveiro não tem uma data fixa pois a sua realização depende da disponibilidade do pároco. Esta festa conta com a presença das pessoas da aldeia a quem é distribuído pão e vinho.
É cada uma das casas da aldeia que, num sistema de rotatividade, anualmente organiza a compra e distribuição do pão e do vinho, ou seja, é o mordomo que compra o pão e o vinho com que enche o pipo da festa, um pipo que anda à roda pelos mordomos.
Nesse dia celebram uma missa e sermão em honra de São Sebastião. Finda a Missa juntam-se no largo e procedem à distribuição do pão e do vinho entre os fiéis.