Enogastronomia do Norte de Portugal – Informações breves
O destino turístico “Turismo do Porto e Norte de Portugal” possui uma gastronomia viva, vibrante, criada a partir dos produtos da terra e do mar, alicerçada nas tradições, usos e costumes que se perdem no tempo. São pratos que contam histórias. Um autêntico compêndio que remonta aos primórdios da nação.
Aqui, rapidamente se sente a harmonia que existe entre o mar e a montanha, fazendo realçar uma natureza pródiga, que atrai até si uma enorme variedade de públicos.
Esta região oferece um leque alargado de interessantes experiências, muitas das quais carregadas de adrenalina, complementadas por uma vasta oferta cultural, com especial destaque para a singular diversidade de tradições e festividades, ou ainda, o património classificado pela UNESCO, aliado a uma gastronomia e vinhos únicos no mundo.
Genuinidade e tradição são a base para espaços enoturísticos excecionais onde o vinho assume o papel principal.
Vinhos únicos no mundo como o vinho verde e o vinho do Porto, juntamente com os vinhos do Douro, de Trás-os-Montes e Távora Varosa são o produto perfeito para harmonizar com uma gastronomia ímpar.
O Porto e Norte de Portugal é um “paraíso” de saberes e sabores ao alcance de todos.
Não deixe de provar…
… nas entradas
… o azeite, os figos e frutos secos, a noz e amêndoa, castanhas, azeitonas curadas, bolinhos de bacalhau, salada de atum, sardinhas de escabeche, bunho com molho verde, trutas de escabeche, sapateira e santola, camarão da costa, lapas, petinga, angulas, mexilhões, percebas, polvo com molho verde, pataniscas, bolas de carne, folares, empadas, pasteis folhados de carne, ovas, covilhetes…
… e nos petiscos
… a broa de Avintes, as fatias de broa de milho, a bola de pão de milho com sardinha, o bolo de pão de milho com chouriço, farinheiras de pão, presunto, chouriças e chouriço de carne, salpicão de lombo, chouriça de cebola, belouras, butelo, salpicões e chouriça de verdes quentes do fumeiro…
… as sopas
… sopa de chícharos verdes, a sopa de segada, o rancho, a sopa seca à moda do Minho, sopa seca do Douro, sopa de grelos e farinha de milho, sopa de ossos de suã, canja de galinha, caldo de nabiças e feijão-frade, sopa de feijão com couve, sopa à Transmontana, sopa de couve com feijão, caldo barrosão, sopa de peixe, sopa de sável, migas à Transmontana, migas de sarrabulho (Minho), migas ripadas à Transmontana, migas de bacalhau, papas de farinha milha e papas de sarrabulho…
… os pratos de peixe
… ensopado de enguias, Solhas secas, as várias formas de cozinhar a lampreia, trutas com presunto, trutas frias, sável de escabeche, debulho de sável, sardinhas assadas, bacalhau à Lagareiro, bacalhau à Gil Eanes, bacalhau à Gomes de Sá, bacalhau à Narcisa, bacalhau à Zé do pipo, bacalhau à Transmontana, sopa de bacalhau, pescada à Sargaceiro, pescada à Poveira, pargo assado à moda de Gonçalo Sampaio, raia de molho, lulas recheadas, polvo à Lagareiro, arroz de tamboril, arroz de marisco, filetes de polvo com arroz de netos, arroz de polvo. As caldeiradas são também diversas e muito apetitosas como a caldeirada à Pescador, ensopado de peixe, arroz de ligueirão…
… os pratos de carne
… arroz de pato, javali e lebre, perdiz com cogumelos, coelho à Transmontana, cabidela, arroz de afogado, peru assado no forno, bunho de porco, rancho à Minhota, arroz de sarrabulho, cabrito montês, caldeirada de cabrito, rojões, cozido à Portuguesa, feijoada à Transmontana, cabrito assado à Serra d’Arga, anho assado no forno, borrego, carne em vinha d’alhos, caldeirada de vitela maronesa, milhos, boletos, pastéis de chaves…
… as sobremesas
… sopa seca, barrigas de freira, bolo de mel, bolo de amêndoa, sopa dourada, molarinhos, clarinhas de fão, Bolinhol (pão-de-ló coberto), pão-de-ló de Margaride, bucho doce, aletria, doce de chavo, meias luas, mexidos, doce de jerimu, pudim de pão, rabanadas, sonhos, sarrabulho doce, torta de viana, borrachos, bolo e biscoitos da Teixeira, bola doce, charutos de ovos, cristas de galo, pitos de santa luzia, maçapães, papos de amêndoa, marmelada, composta de frutas, cavacas de Resende, as tortas de Guimarães, fatias do freixo, mel… e as maçãs, as laranjas, as cerejas e o pudim Abade de Priscos.
Denominações de origem dos vinhos do Norte de Portugal
Denominação de Origem do Vinho Verde
A “Região dos Vinhos Verdes”, ocupando o noroeste de Portugal, é uma das maiores e mais antigas regiões vitivinícolas do mundo. Os seus limites geográficos estão naturalmente definidos, a norte o rio Minho, a oeste o oceano atlântico, a este e a sul as zonas montanhosas, que constituem uma separação natural das zonas do interior de características mais mediterrâneas.
Aqui se produzem os vinhos com Denominação de Origem Vinho Verde.
Os vinhos verdes, de baixo grau alcoólico, apelativamente leves, frescos e frutados, refletem as características naturais e singulares desta região costeira, que oferece vinhos diferentes da generalidade dos vinhos brancos do mundo, baseando as suas práticas vitícolas e enológicas na produção de lotes de várias castas autóctones, entre as quais o Alvarinho e o Loureiro. Estas qualidades dão corpo ao vinho verde, único no mundo!
Os vinhos verdes são hoje exportados para mais de 100 países, sendo líderes na exportação de vinhos portugueses DOC não licorosos. O espírito inimitável do vinho verde é apreciado como aperitivo devido ao seu baixo teor alcoólico e acidez equilibrada.
Mas os vinhos verdes são também perfeito acompanhamento de refeições leves e equilibradas, como saladas, peixes, mariscos, carnes brancas, petiscos e ou outros pratos nacionais e internacionais.
Comissão de Viticultura da Região dos Vinhos Verdes
Rua da Restauração, n.º 318 | 4050-501 Porto | GPS: N 41°08’44.1” W 8°37’23.0” | tel.: 226 077 302 | e-mail: info@vinhoverde.pt | site
Denominação de Origem dos Vinhos da Região de Trás-os-Montes
Situada no canto nordeste de Portugal a “Região Vitivinícola de Trás-os-Montes” revela-se por entre montes e pronunciados vales numa grande área de extensão, de Chaves ao Planalto Mirandês, passando pelo coração da Terra Quente Transmontana, as diferenças repetem-se uma após outra, num ritual que marca a enorme diversidade existente na região.
Esta é uma região única e com características especiais, na qual o cenário muda rapidamente, entre exuberantes vales verdejantes, ou colinas antigas cobertas por uma colcha de retalhos de bosques, olivais verde-cinza ou extensas vinhas verdes brilhantes, amendoeiras floridas ou outras árvores de fruto.
A riqueza dos produtos reflete essa diversidade, estando a produção de vinho intrinsecamente implementada, sendo a região de Trás-os-Montes amplamente reconhecida pela produção de vinhos que remontam a tempos romanos. Esta presença está marcada nas rochas de alguns dos seus concelhos, estando até hoje, perfeitamente identificados 75 lagares cavados na rocha de origem românica e pré-românica.
Com um clima marcante no qual se verifica a ocorrência de verões muito quentes e invernos extremamente rigorosos, vinhas plantadas em altitudes que rondam os 300 a 700 m, solos que vão do granítico ao xistoso, e castas autóctones como a Côdega de Larinho, Viosinho, Gouveio, Verdelho e Arinto nos brancos, a Tinta Amarela, o Bastardo, Tinto Cão, Tinta Carvalha e Tinta Gorda nos tintos as quais ganham maior expressão em vários hectares de vinhas velhas centenárias existentes na região vitivinícola de Trás-os-Montes que se tem afirmado pela diferenciação na produção de vinhos únicos.
A tipicidade e diversidade dos vinhos estão inevitavelmente associadas ao seu Terroir, em Trás-os-Montes foi possível definir três sub-regiões para a produção de vinhos de qualidade com direito à Denominação de Origem (DO) Trás-os-Montes, nomeadamente Chaves, Valpaços, Planalto Mirandês.
Comissão Vitivinícola Regional de Trás-os-Montes
Casa do Vinho
Av. Eng. Luís Castro Saraiva, n.º 42C | 5430-472 Valpaços | tel.: 278 729 678/965 521 227 | e-mail: cvrtm@sapo.pt | site
Denominação de Origem dos Vinhos do Douro
Os vinhos do Douro podem ser tintos, brancos ou rosés. Também se produz espumante e Moscatel no Douro e a sua qualidade, diversidade e caráter distinto resultam da combinação do solo, clima e a forma de trabalhar a terra.
Estes vinhos são a prova da diversidade da região e da sua capacidade de inovar e de se reinventar.
A sua produção intensifica-se em finais do século XX, graças aos investimentos nas áreas produtivas e a um maior conhecimento do potencial vitivinícola e enológico da região.
Os vinhos do Douro são produzidos naquela que é a região demarcada e regulamentada mais antiga do mundo (1756): o Alto Douro Vinhateiro, classificado em 2001 Património Mundial pela UNESCO, na qualidade de paisagem cultural, evolutiva e viva.
Saladas, marisco, folhados de carne, peixe, arrozes e massas são companheiros excelentes para um vinho do Douro Branco. Os vinhos tintos do Douro combinam muito bem com carnes vermelhas, peito de pato, folhados de queijo e enchidos.
Centro Interpretativo Porto & Douro Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P.
Rua Ferreira Borges, n.º 27 | 4050-253 Porto | GPS: N 41.141968 O -8.615431 | tel.: 222 071 600 | e-mail: ivdp@ivdp.pt | site
Denominação de Origem dos Vinhos do Porto
O Vinho do Porto distingue-se dos vinhos comuns pelas suas características particulares: uma enorme diversidade de tipos em que surpreende a riqueza e intensidade de aroma incomparáveis e uma persistência muito elevada, quer de aroma quer de sabor, numa vasta gama de doçuras e grande diversidade de cores.
Classifica-se em quatro estilos principais, com base na cor e características de cada vinho:
– Ruby,
– Tawny,
– Branco e
– Rosé.
Existem ainda categorias especiais dentro dos estilos Ruby e Tawny:
– Vintage,
– Late Bottled Vintage (LBV),
– Ruby Reserva,
– Tawny 10 anos,
– Tawny 20 anos,
– Tawny 30 anos,
– Tawny 40 anos,
– Colheita e
-Tawny Reserva.
O Vinho do Porto é produzido naquela que é a região demarcada e regulamentada mais antiga do mundo (1756). Foi classificada em 2001 Património Mundial pela UNESCO – Alto Douro Vinhateiro assente em atributos únicos de paisagem cultural, evolutiva e viva.
Com toda esta variedade e versatilidade, o Vinho do Porto é um vinho para todos os dias, para diversos momentos.
Deixamos aqui duas sugestões de harmonização: acompanhe com um LBV um doce de chocolate e frutos vermelhos; um Tawny 10 anos fresco combina na perfeição com entradas de salmão fumado e azeitonas ou uma tarte de amêndoas.
Centro Interpretativo Porto & Douro
Instituto dos Vinhos do Douro e do Porto, I.P.
Rua Ferreira Borges, n.º 27 | 4050-253 Porto | GPS: N 41.141968 O -8.615431 | tel.: 222 071 600 | e-mail: ivdp@ivdp.pt | site
Denominação de Origem dos Vinhos da Região do Távora-Varosa
No dia em que três monges resolveram abandonar a Ordem de Cluny, abriu-se um novo capitulo na história da Europa. Estávamos em 1138 quando nas margens dos rios Távora e Varosa surgiram diversos mosteiros entre vales de difícil acesso.
A região demarcada Távora-Varosa é uma região de vinhos intimamente ligada aos mosteiros dos monges brancos, tendo sido reconhecida a apetência para a produção de vinhos espumantes de qualidade. É nesta região que se produz espumantes ímpares de reconhecimento nacional e internacional.
A altitude, o clima frio e agreste, uma razoável variabilidade de solos e um conjunto de castas são a fonte dos seus vinhos.
As castas da região apresentam um leque de variedades que nos vinhos brancos e espumantes, combina a tradicional “Malvasia Fina ou o Cerceal com o Bical, Gouveio e as estrangeiras Chardonnay e Pinot Blanc”, resultando vinhos ímpares, frutados, aromáticos frescos de cor citrina.
Nos vinhos tintos, abunda a Tinta Barroca, Aragonês, Touriga Francesa, Touriga Nacional e as estrangeiras Jaen e Pinot Noir, resultando vinhos cor rubi com tonalidade avermelhada vinosa.
Comissão Vitivinícola Regional Távora-Varosa
Casa do Paço – Dálvares | 3610-013 Tarouca | GPS: N 41.038540 O -7.758552 | tel.: 254 679 00 | e-mail: geral@cvrtavora-varosa.pt | site
Denominação Protegida – Azeite de Trás-os-Montes
O norte de Portugal é a segunda região produtora de azeite a nível nacional. A produção concentra-se maioritariamente na região de Trás-os-Montes, terras ricas em paisagens, saberes e tradições, onde a oliveira é cultivada desde há séculos.
Os olivais antigos, com uma grande diversidade varietal, associados à tradição, e ao saber fazer, dão origem a azeites únicos que são os azeites com Denominação de Origem Protegida (DOP) “Azeite de Trás-os-Montes”.
Quem conhece o Norte de Portugal, sobretudo o interior, facilmente entende que a diversidade de paisagens e condições agroclimáticas, juntamente com a grande diversidade de cultivares de oliveira, originam também uma considerável diversidade de perfis de azeites, na generalidade de elevada qualidade, mas distintos entre si.
Os azeites com Denominação de Origem Protegida “Azeites de Trás-os-Montes” são conhecidos pela sua elevada qualidade, apenas sendo comercializados na categoria de “Azeite Virgem Extra”, têm baixa acidez e baixos níveis de oxidação. São azeites com um elevado teor em ácidos gordos monoinsaturados e elevado teor em antioxidantes naturais como sejam os compostos fenólicos e os tocoferóis.
Ao longo de toda a região norte de Portugal pode ser encontrada uma grande diversidade de azeites do ponto de vista químico, mas sobretudo sensorial, que associados à paisagem, às condicionantes ambientais e às cultivares de azeitona que lhe deram origem conferem aos azeites obtidos uma grande diversidade de sensações que interessa descobrir.
AOTAD – Associação dos Olivicultores de Trás-os-Montes e Alto Douro
Rua Centro Transmontano de S. Paulo, n.º 75 – Apartado 130 | 5370-381 Mirandela | e-mail: geral.aotad@gmail.com | tel.: 932 376 816
Produtos Gastronómicos Qualificados
Enchidos e fumados
Alheira de Barroso-Montalegre/IGP
Alheira de Vinhais/IGP
Butelo de Vinhais; bucho de Vinhais ou chouriço de ossos de Vinhais/IGP
Chouriça de carne de Barroso-Montalegre/IGP
Chouriça de carne de Melgaço/IGP
Chouriça de carne ou linguiça de Vinhais/IGP
Chouriça de sangue de Melgaço/IGP
Chouriça doce de Vinhais/IGP
Chouriço azedo de Vinhais; azedo de Vinhais ou chouriço de pão de Vinhais/IGP
Chouriço de abóbora de Barroso-Montalegre/IGP
Presunto de Barroso/IGP
Presunto de Melgaço/IGP
Presunto de Vinhais ou presunto bísaro de Vinhais/IGP
Salpicão de Barroso-Montalegre/IGP
Salpicão de Melgaço/IGP
Salpicão de Vinhais/IGP
Sangueira de Barroso-Montalegre/IGP
Carnes
Borrego Terrincho/DOP
Cabrito das terras altas do Minho/IGP
Cabrito de Barroso/IGP
Cabrito transmontano/DOP
Capão de Freamunde/IGP
Carne arouquesa/DOP
Carne barrosã/DOP
Carne cachena da Peneda/DOP
Carne de bísaro transmontano ou
Carne de porco transmontano/DOP
Carne de bovino cruzado dos Lameiros de Barroso/IGP
Carne mirandesa/DOP
Cordeiro bragançano/DOP
Cordeiro de Barroso ou anho de Barroso ou borrego de leite de Barroso/IGP
Cordeiro mirandês ou canhono mirandês/DOP
Azeites
Azeite de Trás-os-Montes/DOP
Azeitona de conserva negrinha de Freixo/DOP
Batata
Batata de Trás-os-Montes/IGP
Queijos
Queijo de cabra transmontano e queijo de cabra transmontano velho/DOP
Queijo terrincho/DOP
Mel
Mel da Terra Quente/DOP
Mel das terras altas do Minho/DOP
Mel de Barroso/DOP
Mel do Parque de Montesinho/DOP
Doces
Fogaça da Feira/IGP
Salgados
Folar de Valpaços/IGP
Pastel de Chaves/IGP
Frutas
Maçã Bravo de Esmolfe/DOP
Maçã da Beira Alta/IGP
Frutos secos
Amêndoa coberta de Moncorvo/IGP
Amêndoa do Douro/DOP
Castanha da Padrela/DOP
Castanha da Terra Fria/DOP
Castanha dos Soutos da Lapa/DOP
Abreviaturas
DOP: Denominação de Origem Protegida | IGP: Indicação geográfica Proveniente
Fonte: folheto editado pelo Turismo do Porto e Norte de Portugal