XVIII Encontro de Antiguidades Populares em Santa Maria da Feira
Não somente todo o continente e o conteúdo, do que se vê neste cartaz, são antiguidades populares, mas sim, as gentes do povo, que viveram no século XIX e no princípio do século XX, com todos os seus usos e costumes, tradições, formas literárias, músicas, práticas religiosas e outros factos das suas vidas, eram designadas de “Antiguidades populares” já na época em que apareceu o termo Folclore.
O termo Folclore apareceu em 1846 e o seu autor foi o arqueólogo inglês, Ambrose Merton, que tinha o pseudónimo de William John Thomas, o qual fez a ligação dos vocábulos da língua inglês, folk e lore, povo e saber do povo, passando o anglicismo Folclore a ter o significado das “Antiguidades populares”, que até então assim se designavam.
E como se trata dum termo sonante, foi expandido por todo o mundo.
Infelizmente, nos últimos tempos em Portugal, generalizou-se o uso do termo folclore, na boca dos políticos, dos jornalistas e outros, para achincalhar, denegrir, desvalorizar, menosprezar, para tudo o que não tem a ver com o seu verdadeiro significado, e o significado do termo Folclore é apenas aquele para o qual foi criado.
O Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira utilizou sempre a expressão que o antecedeu “Antiguidades populares”, a única forma que encontrou de se manifestar contra os detratores do Folclore. Deixando assim, que eles se divirtam, mas não com o nosso “agrément”.
Não utilizamos o termo Festival, porque entendemos que a designação de festival, só por si, já indica algo de certa grandiosidade, que não é o que acontece com a maior parte das manifestações a que dão esse nome. E nós, como não temos condições para realizar um verdadeiro festival, limitamo-nos a realizar um encontro de “Antiguidades populares”, uma vez por ano.
“E, viva o velho!”
Nesse sentido, convidamos a estar presente e a recordar os usos e costumes o povo de antanho de várias regiões.
O Grupo de Danças e Cantares Regionais da Feira