Danças Populares do concelho de Águeda

Concelho de Águeda

O concelho de Águeda encontra-se administrativamente integrado no distrito de Aveiro, Região da Beira Litoral.

Em termos geográficos, situa-se na bacia hidrográfica do rio Vouga, estando delimitado a Norte pelo referido Rio, a Sul pelo rio Cértima, a Nascente pela Serra do Caramulo e a Poente pelas terras baixas da Ria de Aveiro. Este enquadramento territorial confere ao concelho, a nível do distrito, uma posição central no que é uma das zonas mais desenvolvidas do país, estabelecendo mesmo a transição entre o litoral e o interior.” Ler+

Aqui deixamos uma listagem das Danças Populares do concelho de Águeda:

Cana Verde Dobrada

Dança de terreiro, simples, mas alegre. O seu maior encanto encontra-se no estilo e nas cantigas que, tantas vezes, os cantadores improvisavam, consoante o ambiente e a competição.

Cana Verde Mandada

Dança de terreiro. Toda a sua originalidade está no cantador que, cantando, indica aos bailadores, as marcações da dança.

Cana Verde do Mar

Dança de terreiro que ainda, no princípio deste século, se dançava, na Vila de Águeda e povoações limítrofes. Dança duas filas, uma de raparigas e outra de rapazes que, ora se confrontam, ora se separam, rabiando pelo terreiro como duas enormes surpresas. Daí o nosso povo também lhe chamar Cana Verde de Rabo.

Cana Verde – Rusga

Dançada nas terras do Vouga. De movimentos descansados era, quase sempre, praticada, pelos romeiros, como lenitivo para as mais penosas e longas caminhadas.

Real Caninha

Dança de filas, muito antiga, com certa vivacidade e agradável desenho, acusando, embora quase impercetíveis por assimiladas, características de regiões a norte do nosso concelho. As suas cantigas fazem recordar afinidades que Águeda sempre manteve com a cidade do Porto.

Vira de Quatro

Vira, tipicamente da beira-mar. Ele é a imagem do vai e vêm das ondas, ora mansas ora alterosas. Foi recolhido na zona serrana, do nordeste do nosso concelho. Este vira resultou do convívio que sempre estabeleceram os povos serranos e os povos da orla marítima, do nosso distrito, através das suas tradicionais romarias.

Vira Corrido

Este é um Vira de características idênticas ao anterior, diferindo deste, no desenho.

Vira de Macieira

Um vira de quatro, (dançando por grupos de dois pares, formando um quadrado, e colocados nas suas diagonais), alegre, com a particularidade, inconfundível, de ser batido de costas. Só em Macieira de Alcoba, aldeia que se espreguiça nas abas da serra do Caramulo, e onde tivemos a felicidade de o recolher, se verifica este pormenor.

Vira Bairrez

Vira bairradino por excelência. Algumas freguesias do sul do nosso concelho, estão enquadradas na zona demarcada de vinhos da Bairrada. Este vira, foi recolhido aí, e tem a clareza, e o espírito, dos seus magníficos vinhos.

A Amostra do Pano

Perde-se no tempo, esta dança. Tudo nos leva a crer que ela nasceu na casa de algum tecelão habilidoso, pois tanto a letra como a música e, mais pormenorizadamente, a própria dança, nos dão a ideia de estarmos perante um tear em pleno labor.

Pedrinhas da Fonte

Dança das nossas terras banhadas pelo rio Vouga. Mais uma vez os elementos da natureza a inspirarem o nosso povo. A dança é a imagem do rio, umas vezes calmo, bonançoso, não saindo do seu leito, outras vezes, caudaloso e alterado, galgando as suas margens, inundando os campos que, pacificamente o suportam.

Verde-gaio de Paredes

Dança de roda, figura dominante da grande maioria das nossas danças, de ritmo muito vivo, marcado por palmas, batidas pelos pares, em seus volteios. Este Verde – Gaio está na linha dos Verde – Gaios da Beira Alta, província portuguesa que nos limita pelo Este. Dançou-se na Vila de Águeda e seus limites, mas com marcada frequência, no lugar de Paredes, onde o recolhemos.

Verde-gaio de Casal D’Álvaro

Este verde-gaio, como o Verde-gaio de Paredes, pertence ao número de danças dos campos de Águeda (rio). No entanto, é de características bem diferentes, apesar de Casal D’Álvaro, uma das aldeias mais típicas da região, distar escassa légua a poente da cidade de Águeda. Este verde-gaio recebeu influências das terras da Feira (a norte).

Farrapeirinha

Dança de terreiro. Era habitual dançar-se pelas festas aos Santos Populares, Santo António, São João, e São Pedro, em “pavilhões”, (recintos, ao ar livre, em terra batida, de área considerável, emoldurada de arcos e mastros, artisticamente ornamentados de verdura e flores), que o nosso povo armava, quase sempre por competição, nos bairros de Águeda.